sábado, 16 de janeiro de 2010

Sindrome de Cushing



Sinônimos:
Hipercortisolismo; Hiperadrenocorticismo; Excesso de Glicocorticóides.

O que é?
Conjunto de sinais e sintomas do excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula supra-renal). Esse excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças envolvendo a glândula supra-renal e a hipófise.

Como se desenvolve?
O quadro pode ser ocasionado pelo uso continuado de cortisona ou seus derivados, conhecidos como antinflamatórios esteróides. Estas substâncias são empregadas para o tratamento de uma série de doenças, e provocam o síndrome de Cushing como efeito colateral. Dependendo da dosagem empregada e do esteróide sintético utilizado, os sinais e sintomas sempre irão ocorrer. Em algumas ocasiões estes efeitos colaterais ocorrem sem que o paciente perceba ou os relacione com as medicações que está usando. Esta situação ocorre, por exemplo, com a utilização de medicamentos para problemas de pele ou para problemas respiratórios.
Além do quadro associado ao uso de cortisona, o síndrome de Cushing pode ser provocado por doenças da glândula supra-renal e da hipófise. Estas doenças, em geral, são decorrentes de tumores benignos (adenomas) da supra-renal e da hipófise. Na supra-renal podem ocorrer também tumores malignos. Mais raramente o síndrome de Cushing é provocado pela produção de substâncias estimuladoras da supra-renal por tumores malignos ou abdominais.

O que se sente?
Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e a parte detrás do pescoço, local onde se forma um importante acúmulo denominado de "giba". A gordura também se deposita no rosto, na região malar ("maçãs do rosto"), onde a pele fica também avermelhada, formando-se uma face que é conhecida como de "lua-cheia". Ocorre também afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura, e, conseqüente, fraqueza muscular que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer. Nas mulheres são muito freqüentes as alterações menstruais e o surgimento de pêlos corporais na face, no tórax, abdômen e nos braços e pernas. Como grande parte dos pacientes desenvolve hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da glicose e da pressão arterial tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume urinário, aumento do apetite e visão borrada. Quando ocorre aumento importante dos pêlos, pode ocorrer também o surgimento de espinhas (acne) na face e no tronco, e nas mulheres pode surgir mudança na voz, queda do cabelo semelhante a calvície masculina e diminuição das mamas. Esses sintomas se associam com tumores de supra-renal.
No abdômen e no tórax podem ser observadas estrias de cor avermelhada e violeta, algumas vezes com vários centímetros de largura. Algumas pessoas apresentam também pedras nos rins e conseqüentemente cólica renal. A osteoporose é freqüente, provocando dores na coluna e às vezes fraturas nos braços, pernas e na coluna.

Como o médico faz o diagnóstico?
A suspeita do médico deve ocorrer em todo o paciente que apresenta obesidade localizada associada a hipertensão arterial e diabetes, além dos pacientes com o quadro bastante característico, como o descrito acima. A partir da suspeita deve ser solicitada a dosagem de cortisol às 8 horas da manhã, após a administração de dexametasona 1mg às 23 horas da noite anterior (teste de triagem). Se esse exame se mostrar alterado, deve ser realizada uma investigação mais detalhada e serem realizados exames de imagem das supra-renais e da hipófise (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética).
Além das dosagens hormonais, são necessários exames bioquímicos gerais, Rx de tórax, eletrocardiograma e densitometria óssea.

Como se trata?
Nos casos decorrentes do uso de cortisona, a mesma deve ser suspensa lentamente, inicialmente trocando o medicamento por uma forma mais semelhante a natural (prednisona ou hidrocortisona) e em doses semelhantes àquelas que existem no organismo normal. Depois de algum tempo (semanas), o medicamento deve ser diminuído gradativamente até ser suspenso. Se o paciente sentir a tentativa de retirada da medicação, a dose deve ser mantida o mais próxima da considerada normal e depois de algum tempo tentada nova retirada.
Os pacientes que têm a doença decorrente de tumores de supra-renal e de hipófise, devem ser submetidos a cirurgia de retirada destes tumores. Para esses procedimentos os pacientes devem ser adequadamente avaliados, e necessitam de cuidados médicos especializados.

Como se previne?
Evitando-se o uso de medicamentos contendo cortisonas ou seus derivados.
Os tumores de supra-renal e de hipófise não são previníveis, podendo, por outro lado, ser diagnosticados precocemente o que resulta em melhores resultados.

Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?392
Achei este artigo bem interessante e resolvi compartilhar com voces.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

CPAP Nasal no Recem Nascido



O CPAP nasal é uma pressão positiva continua indicado em:

 Insuficiência respiratória leve ou moderada com diminuição da capacidade de insuflação do alvéolo
 Diminuição da complacência pulmonar com queda de saturação

As indicações mais freqüentes são:

* Doença da membrana hialina * Apnéia do prematuro *Pneumonia congênita
* Aspiração de mecônio * Taquipnéia transitória * Maturidade pulmonar
* Desmame ventilatório

Efeitos do CPAP:

 Aumenta a oxigenação com menos barotrauma
 Previne atelectasia pulmonar
 Reduz esforço respiratório
 Melhora padrão respiratório
 Efeito protetor sobre o surfactante (?).

Complicações:

 Pneumotórax 1-2 %
 Diminuição do retorno venoso e debito cardíaco
 Lesão e necrose de narina
 Obstrução nasal – hipersecreção
 Sangramento nasal
 Distensão gástrica
 Aumento pressão intracraniana – risco hemorragias

Tamanho das prongas:

 Tamanhos inadequados prejudicam a ventilação.
 Com prongas pequenas a pressão não é transmitida adequadamente ocorrendo escape entre as narinas.
 Prongas grandes lesão as narinas causando necrose e hemorragias.

Tamanho Peso
0 Menor 700 gr
1 Entre 700 e 1200 gr
2 Entre 1250 e 2000 gr
3 Entre 2000 e 3000 gr
Parâmetros do CPAP:

FiO2 – usar a mesma de anteriormente (antes do CPAP) para manter uma saturação de 92% para prematuros e 95% para Rn a termo.
PEEP – manter pressão entre 4 a 6 cm de H2O.
Fluxo – inicial de 6 litros por minuto (limites de 5 a 10).

Cuidados de Enfermagem:

 Usar a pronga do tamanho correto.
 Lubrificar o pronga com soro fisiológico antes de introduzi-la na narina
 Se necessário dilatar a narina com cotonete embebido em solução fisiológica
 Monitorar para que o fluxo não seja maior que 10 litros
 Retirar excesso de água dos tubos
 Aspirar narinas delicadamente
 Instilar soro a cada 2 horas
 Lavar a pronga com água e sabão diariamente
 Manter a fixação da pronga adequada, evitando lesões na narina.
 Proteger o septo com curativo de hidrocoloide
 Manter a cabeceira elevada
 Monitorar parâmetros do saturometro

Escala de Coma de Glasgow


A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala muito utilizada pela equipe de saude para avaliação do estado neurológico, é confiavel e objetiva sendo utilizado nas avaliações iniciais e contínuas após um traumatismo craniano. Seu valor também é utilizado no prognóstico do paciente e é de grande utilidade na previsão de eventuais seqüelas.
Tem importante papel na padronização da linguagem tanto verbal como escrita possibilitando uma real avaliação e melhor monitoramento
Sua utilização é rapida e facil.
A escala compreende três testes: respostas de abertura ocular, fala e capacidade motora. Os três valores separadamente, assim como sua soma, são considerados.
A somatoria maxima dos indicadores é de 15 pontos encontradas em individuos sem comprometimento neurologico em relação a consciencia. A pontuação minima encontrada é de 3 pontos em individuas sem qualquer resposta verbal, motora ou ocular sendo compativel com morte cerebral.


Aferição do Pulso


São sinais de vida
Normalmente, a temperatura, pulso e respiração permanecem mais ou menos constantes. São chamados "Sinais Vitais", porque suas variações podem indicar enfermidade. Devido à importância dos mesmos a enfermagem deve ser bem exata na sua verificação e anotação.

Pulso
Conceito:
É o nome que se dá à dilatação pequena e sensível das artérias, produzida pela corrente circulatória.
Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura.

Locais onde pode ser verificado
Normalmente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial. Quando o pulso radial se apresenta muito filiforme, artérias mais calibrosas como a carótida e femoral poderão facilitar o controle. Outras artérias, como a braquial, poplítea e a do dorso do pé (artéria pediosa) podem também ser utilizadas para a verificação.

Freqüência Fisiológica:

Homem 60 a 70
Mulher 65 a 80
Crianças 120 a 125
Lactentes 125 a 130

Observação: Existem fatores que alteram a freqüência normal do pulso:

Fatores Fisiológicos:
Emoções - digestão - banho frio - exercícios físicos (aceleram)
Certas drogas como a digitalina (diminuem)

Fatores Patológicos:
Febre - doenças agudas (aceleram)
Choque - colapso (diminuem)

Regularidade:
Rítmico - bate com regularidade
Arrítmico - bate sem regularidade

O intervalo de tempo entre os batimentos em condições normais é igual e o ritmo nestas condições é denominado normal ou sinusal. O pulso irregular é chamado arrítmico.

Tipos de Pulso:
Bradisfigmico - lento
Taquisfígmico - acelerado
Dicrótico - dá a impressão de dois batimentos

Volume: cheio ou filiforme
Observação: o volume de cada batimento cardíaco é igual em condições normais. Quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado de cheio. Porém se o volume é pequeno e a artéria fácil de ser obliterada tem-se o pulso fino ou filiforme.

Tensão ou compressibilidade das artérias
Macio - fraco
Duro - forte

Terminologia:
- Nomocardia: freqüência normal
- Bradicardia: freqüência abaixo do normal
- Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico
- Taquicardia: freqüência acima do normal
- Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico

Material para verificação do pulso:
- Relógio com ponteiro de segundos.

Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento ao paciente
- Coloca-lo em posição confortável, de preferência deitado ou sentado com o braço apoiado e a palma da mão voltada pra baixo.
- Colocar as polpas dos três dedos médios sobre o local escolhido pra a verificação;
- Pressionar suavCor do textoemente até localizar os batimentos;
- Procurar sentir bem o pulso, pressionar suavemente a artéria e iniciar a contagem dos batimentos;
- Contar as pulsações durante um minuto (avaliar freqüência, tensão, volume e ritmo);
- Lavar as mãos;
- Registrar, anotar as anormalidades e assinar.

Pulso apical:
Verifica-se o pulso apical no ápice do coração à altura do quinto espaço intercostal.

Observações importantes:

- Evitar verificar o pulso em membros afetados de paciente com lesões neurológicas ou vasculares;
- Não verificar o pulso em membro com fístula arteriovenosa;
- Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente;
- Nunca verificar o pulso com as mãos frias;
- Em caso de dúvida, repetir a contagem;
- Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir o batimento do pulso.

Bibliografia:
Manual de procedimentos básicos de Enfermagem / Coordenadora: Maria Isabel Sampaio Carmagnoni - Rio de Janeiro- 1996

O Carrinho de Parada Cardiorespiratoria



Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação das atividades respiratória e circulatória efetivas. A reanimação cardiorrespiratória (RCR) constitui um conjunto de intervenções que objetiva restabelecer a circulação efetiva e a oxigenação tissular.
Os profissionais de saúde devem estar preparados para atender, de forma sistematizada e padronizada, uma situação de emergência. Devem impor o atendimento imediato, com objetivo de evitar anóxia cerebral e hipóxia, visto que o limite para que não cause uma lesão no cérebro é de três minutos sem oxigênio, causando a partir deste uma isquemia e danos imprevisíveis.
Usado em Emergência o Carro de Parada é um armário que contém os equipamentos usados médicos e enfermeiros, quando acontece uma parada cardiopulmonar (PCR) onde vai exigir procedimentos de socorro imediatos. Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a nomenclatura mais apropriada é Carrinho de Emergência.
Para que isso ocorra, o treinamento da equipe é fundamental, e todo o material necessário para esse momento deve estar disponível de forma imediata.
Neste Carrinho de Emergência devem conter: material de proteção, monitor e desfibrilador, tábua de parada, equipamentos de fibra ótica, equipamentos de laringoscopia, tubos endotraqueais (TET) ou tubos orotraqueais (TOT), vias aéreas, equipamento de intubação, equipamento de aspiração, equipamento de anestesia tópica, equipamentos de ventilação transtraqueal e outros.
Cabe ao enfermeiro de preferência um diarista a responsabilidade da conferência e reposição do Carrinho de Emergência, esta responsabilidade deve ser protocolada de modo que toda equipe tenha acesso a sua conferência.

1. CUIDADOS COM O CARRINHO DE EMERGÊNCIA

Alguns cuidados a serem observados para a sua utilização:

a) Estar sempre organizado de forma ordenada, e toda equipe deve estar familiarizada onde esta guardado cada material;
b) Gavetas chaveadas são contra-indicadas, com exceção á guarda dos psicotrópicos;
c) Os critérios para identificação podem ser: ordem alfabética, ordem numérica crescente, padronização por cores contrastantes;
d) O excesso de materiais que dificultem a localização devem ser retirados;
e) O local onde se encontra o carro de parada deve ser de fácil acesso, não conter obstáculos que dificultem sua remoção e deslocamento.
f) Junto ao carrinho deve permanecer a tábua de reanimação;
g) Deve ser revisado diariamente e após cada uso.

1.1 Rotinas para Controle do Carrinho de Emergência

Para que não ocorra perda de tempo para a equipe e conseqüente dano ao paciente, os materiais e equipamentos devem estar preparados. Este preparo consiste em suprir constantemente os equipamentos e materiais indispensáveis em quantidades suficientes a qualquer momento e contando com uma rotina de reposição dos materiais e drogas utilizados, bem como testar os equipamentos a cada atendimento realizado, considerando que as emergências acontecem de forma imprevisível e muitas vezes, simultaneamente.
Todo o material de consumo deverá estar discriminado e quantificado em uma lista, facilitando o trabalho da pessoa responsável pela revisão e evitando a colocação de material insuficiente ou excessivo, o que igualmente dificultaria o atendimento.
A rotina de reposição e manutenção também deve listar os pontos importantes a serem checados no início de cada plantão e após cada atendimento, tais como: verificar o perfeito funcionamento do ventilador mecânico, do desfibrilador, do aspirador, do laringoscópio, do ambú e demais equipamentos. A equipe deve reconhecer a importância em se utilizar esses materiais de forma exclusiva e criteriosa, não permitindo afetar no trabalho realizado.

2. MATERIAIS QUE DEVE CONTER O CARRINHO DE EMERGÊNCIA

Para que tenhamos uma agilidade no atendimento á PCR, o carrinho deve conter, obrigatoriamente:

• Máscara facial adequadamente inflada e do tamanho do rosto do paciente para que a respiração seja eficiente;
• Ambú com intermediário para oxigênio conectado (a conexão para o tubo orotraqueal (TOT) deve ficar livre);
• Fluxômetro com umidificador de oxigênio;
• TOT (um de cada calibre) de preferência descartáveis, com cuff macio de grande volume e baixa pressão a fim de evitar posterior desconforto, edema, estenose e necrose traqueal. Cada TOT deve ter o seu adaptador com saída macho 15 mm adaptado. Os tamanhos recomendados para as mulheres são 7, 5-8 e para os homens, 8-8, 5;
• Xylocaína gel;
• Seringa de 10 ml para insuflar o cuff, de preferência descartável;
• Gase, cadarço, luvas estéreis, pinça Manguil (para facilitar a colocação do tubo endotraqueal), esparadrapo, cânulas de Guedel;
• Sondas de aspiração (calibre médio e grosso);
• Válvula de aspiração com frasco coletor e intermediário adaptados;
• Cabo de laringoscópio com duas pilhas novas (não guardá-las dentro do cabo);
• Lâminas para o laringoscópio, de diferentes tamanhos e formatos (curva e reta), com lâmpada em bom estado;
• Seringas, agulhas de aspiração, equipos de soro, abocath e scalp descartáveis, cortador descartável de soro, SF 0,9%, SG 5%;
• Desfibrilador com cabo terra devidamente instalado, acompanhado de gazes e pasta de eletrodos.

3. MEDICAMENTOS

ADRENALINA
ATROPINA
AMINOFILINA
ANCORON
BICARBONATO DE SÓDIO
CEDILANIDE
DILACORON
FENERGAN
SOLUCORTEF
GLICOSE 25 E 50%
GLUCONATO DE CÁLCIO
PROPANOLOL
ISORDIL
LASIX
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO
NORADRENALINA
DOPAMINA
DOBUTAMINA
STREPTOQUINASE
SELOKEN
PROCAMIDE
PROTAMINA
XYLOCAÍNA

domingo, 10 de janeiro de 2010

Seringas e Agulhas


As seringas e agulhas são amplamente utilizadas na rotina de trabalho da equipe de enfermagem.
Para evitarmos erros na sua utilização, assim como a minimização de custos, devemos ter um completo conhecimento do seu material, suas partes e as suas devidas indicações.
São diversos os modelos e tamanhos encontrados no mercado nacional e mundial, procurei destacar aqui as mais utilizadas.

Seringas

Formada pelo embolo, cilindro ou corpo e bico

Graduação das Seringas:

Seringas de 20 ml: escala de 1 ml
Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml
Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml
Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml
Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U.


Vias de utilização das Seringas

ID: seringas de 1 e 3 ml
SC: seringas de 1 e 3 ml
IM: seringas de 3 e 5 ml
EV: seringas de 10 ou 20 ml

Atenção
1 ml = 1 cm³ = 1 CC
1 U = 0,01 ml


Agulhas

Formada pelo canhão, haste e bisel

Tipos de Agulhas e utilizações

40 x 12 – aspiração e preparo de medicações
30 x 7 – aplicação EV paciente adulto
25 x 7 – aplicação EV paciente adulto
30 x 8 – aplicação IM paciente adulto
25 x 8 – aplicação IM paciente adulto
20 x 5,5 - aplicação IM crianças
13 x 4,5 – aplicação ID e SC
13 x 4,0 – aplicação IC e SC

Orientações Gerais - Administração de Medicações


A administração de medicamentos é uma pratica comum realizada em varias instituições de saude pelos membros da equipe de enfermagem e envolve aspectos eticos e legais.
Em relação a esta tecnica o profissinal envolvido requer conhecimentos de farmacologia e terapêutica médica no que diz respeito a ação, dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração de drogas.

REGRAS GERAIS

1. Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico.
2. A prescrição deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emrgência, a enfermagem pode atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita pelo médico logo que possível.
3. Nunca administrar medicamento sem rótulo.
4. Verificar data de validade do medicamento.
5. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas.
6. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados específicos e efeitos colaterais.
    - melhor horário;
    - diluição formas, tempo de validade;
    - ingestão com água, leite, sucos;
    - antes, durante ou após as refeições ou em jejum;
    - incompatibilidade ou não de mistura de drogas;
7. Tendo dúvida sobre o medicamento, não administra-lo.
8. Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponíveis.
9. Alguns medicamentos, como antibióticos, vitaminas e sulfas, precisam ser guardados corretamente, pois se alteram na presença da luz, do ar ou do calor.

CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

- Ao preparar a bandeja de medicamentos, não conversar.
- Ter sempre à frente, enquanto prepara o medicamento, o cartão do medicamento ou a prescrição médica.
- Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas.
- Esclarecer dúvidas existentes antes de administrar o medicamento.
- Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome completo e certificando-se da exatidão do mesmo, pelo cartão de medicamento ou prontuário.
- Só cancelar a medicação após administrá-la, rubricando ao lado.
- Quando o medicamento deixar de ser administrado por estar em falta, por recusado paciente, jejum, esquecimento, ou erro, fazer a anotação no relatório.
- Fazer anotações cuidadosas sobre efeitos dos medicamentos ou queixas do paciente.
- Para uma medida perfeita, ao despejar o medicamento no copo graduado, levantá-lo à altura dos olhos.
- Ter sempre o cuidado de limpar com gaze a boca dos vidros de medicamentos, antes de guardá-los.
- Ao colocar o medicamento no copo, manter o rótulo do frasco voltado para a mão, a fim de não sujá-lo.
- Se faltar medicamentos, tomar providências imediatas, seguindo normas e rotinas do serviço.
- Certificar-se sobre as ordens de controle hídrico, dietas, jejum, suspensão de medicamentos antes de prepará-los.

É de grande utilidade seguir o roteiro para a correta administração de medicamentos elaborada por Du Gas:

O cliente tem alguma alergia?
Que medicamentos foram prescritos?
Por que está recebendo esses medicamentos?
Que informações devem ser dadas pela enfermagem, em relação ao efeito desses medicamentos sobre o cliente?
Existem cuidados de enfermagem específicos devido à ação das drogas contidas nestes medicamentos?
Como devem ser administrados os medicamentos?
Que precauções devem ser tomadas na administração de tais medicamentos? Existem precauções especiais que devem ser tomadas por causa da idade, condição física ou estado mental do paciente?
 Alguns dos medicamentos exigem medidas acautelatórias especiais na administração?
O paciente precisa aprender alguma coisa com relação à sua terapia médica?
O paciente ou sua família necessita de conhecimento ou habilidades específicaspara continuar a terapia em casa?

CUIDADOS NA DILUIÇÃO

- Todas as drogas que provocam irritações e com gosto forte, devem ser diluídas, caso não haja contra-indicação.
- Normalmente, não é aconselhavel misturar medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma reação química, resultando em precipitado.
- Água fresca deve ser usada para aumentar o paladar, se não houver contra-indicação.
- Satisfazer o quanto possível os pedidos do paciente quanto ao gosto, que pode ser melhorado, dissolvendo-se o medicamento em suco de frutas ou acrescentando açúcares, se não houver contra-indicação.
- Medicamentos amargos podem ser diluídos na água. Diminui-se o amargor colocando-se gelo na boca antes e depois da medicação.
- Xaropes devem ser administrados puros.
- Salicilatos, digital, corticóides, irritam a mucosa gástrica e podem produzir náuseas e vômitos. Devem ser servidos com leite, e durante as refeições.
- O gosto do iodeto de potássio e solução de lugol pode ser amenizado diluindo-os em suco de uva ou laranja.
-O óleo de rícino ou outros óleos podem ser misturados com suco de laranja ou de limão, café ou chá. Gelo também desestimula as papilas gustativas. É bom tomar com substâncias efervescentes e geladas (coca-cola, guaraná).
- Antibióticos, de modo geral, devem ser tomados com água (nunca com leite) e com estômago vazio.

CUIDADOS EM RELAÇÃO AO REGISTRO DOS MEDICAMENTOS

A fim de evitar acidentes, desperdícios, roubos e uso abusivo, os medicamentos devem ser guardados em lugar apropriado e controlados.
Deve existir uma relação do estoque disponível, e dependendo da utilização um controle de saída diária, semanal ou mensal.
As saídas podem ser controladas pelo receituário, folha de prescrição ou relatório de enfermagem. O importante é que exista um sistema de controle.
O cancelamento no local apropriado (relatório, ficha ou prontuário) deve ser feito logo após a aplicação.
Sendo as anotações de enfermagem um documento oficial, é de grande importância que o cuidados seja assinado ou rubricado por quem fez.

Estas duas dicas a seguir minimizam os erros durante o preparo e administração da medicação:

Cinco Certos da Medicação:

• Medicamento certo
• Via certa
• Hora certa
• Paciente certo
• Dose certa

Três leituras certas da Medicação:

Confira o rotulo:
• Ao retirar a medicação do armário ou do carrinho
• Ao aspirar à medicação do frasco
• Ao guardar ou desprezar o frasco

Apesar do uso de siglas não ser recomendado, no nosso dia a dia profissional nos deparamos com algumas delas:

EV – endovenoso
SC – Subcutânea
IM – Intramuscular
VO – Via Oral
ID – Intradermica
VR – Via Retal
VV – Via Vaginal
S/N – se necessário
ACM – A critério medico
PM – Prescrição medica
S.G. – Soro Glicosado.
S.F. – Soro Fisiológico.
S.G.F. – Soro Glicofisiologico.
G – gramas
MG – miligramas
U – Unidades
UI – unidades internacionais
Gts – gotas
Mgts – microgotas
A.D. – Água Destilada

sábado, 9 de janeiro de 2010

Administração de Medicação Via Subcutânea



Esta via consiste na administração de medicamento na hipoderme, conhecido também como tecido subcutâneo, através da pele.
É indicada para administração de hormônios (insulina, adrenalina), vacinas e anticoagulantes e outras soluções aquosas e suspensões não irritantes
Tem como característica uma absorção mais rápida para a corrente sangüínea do que por via oral e mais lenta quando comparada a via muscular devido sua absorção pelos capilares sanguíneos
Provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos sendo assim pouco dolorosas.

Indicação


  • Absorção lenta

  • Efeito prolongado

Locais de Aplicação

É importante alternar os locais de injecção, para evitar as reações no local da injecção.


  • Face externa do braço

  • Região escapular

  • Região abdominal

  • Nádegas

  • Face externa da coxa




Ângulo da Agulha


  • Indivíduos magros: 30°

  • Indivíduos normais: 45°

  • Indivíduos gordos: 90°

Volume Maximo



  • 2 ml

Complicações


  • Infecções

  • Abscessos

  • Embolias

  • Lesão de nervos

  • Necrose tecidual

  • Fenômeno de Arthus: formação de nódulos com pontos de necrose (repetição de local de aplicação)

  • Tecido fibrotico: por volume excessivo, administração rápida e falta de rodízio.


Veja a tecnica de aplicação neste video no Youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=QiAf8Ntd_RA




Exercicios para estimular o aprendizado no calculo de medicações

1 – Transformar unidade em ml:

35 U 80 U 45 U 70 U
68 U 55 U 120 U 300 U
36 U 150 U 40 U 20 U

2 – Transformar ml em unidade:
1,2 ml 1,3 ml 0,2 ml 0,4 ml
0,65 ml 2,36 ml 1,72 ml 0,88 ml
0,45 ml 0,66 ml 0,55 ml 1,90 ml



3 – PM: Insulina NPH 30 U SC

Temos insulina 100 U/ml e seringas de 3 ml.

Quantos ml administrar? (0,3)



4 – PM: Insulina NPH 60 U SC

Temos insulina 100 U/ml e seringas de 3 ml.

Quantos ml administrar? (0,6)



5 – PM: Insulina NPH 50 U SC

Temos insulina 100 U/ml e seringas de 3 ml.

Quantos ml administrar? (0,5)



6 – PM: Heparina 600 U SC.

Temos Heparina 5.000 UI/0,25 ml

Quantos ml fazer? (0,03)



7 – PM: Liquemine 1000 U SC.

Temos Liquemine 5.000 UI/0,25 ml

Quantos ml fazer? (0,05)



8 – PM: Heparina 10.000 U SC.

Temos Heparina 5.000 UI/0,25 ml

Quantos ml fazer? (0,5)



9 – PM: Heparina 5.000 U SC.

Temos Heparina 25.000 UI/5 ml

Quantos ml fazer? (1,0ml)



10 – PM: Heparina 2.000 U SC.

Temos Heparina 25.000 UI/5 ml

Quantos ml fazer? (0,2 ml)